quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

"O NASCIMENTO DE JESUS CRISTINHO, O SALVADOR.” (Cordel da Natividade).



“O NASCIMENTO  DE JESUS CRISTINHO, O SALVADOR.” (Cordel da Natividade).
I
A saga que conto agora
Não é coisa inventada
É a história mais conhecida
Lida, relida da Bíblia Sagrada,
Mas eu conto do meu jeito
Para ficar mais engraçada.

II
Um dia o criador
Inventou de ser gente
Para “mode” entender
Como é que a gente se sente
E ensinar para o pecador
Que a vida pode ser diferente.

III
O criador para virá gente
Tinha que nascer de novo
E para nascer tinha que ter mãe,
Porque gente não nasce de ovo
O pai então vira filho
Para libertar o seu povo.

IV
Numa terra distante
Chamada Nazaré
De nome Maria
Foi escolhida uma mulher
Cheia de virtude e valia
Coração puro de fé.

V
Apareceu certo dia
O anjo Gabriel
Disse: “Ave Maria,
Tenho um recado do céu,
Tu terás a alegria
De viver este papel.”

VI
“Tu és cheia de graça
E por Deus foi escolhida
Para ser mãe do salvador,
A maior dádiva dessa vida
Basta dizer sim,
E serás então concebida.”

VII
Maria amava Deus
Mais do que tudo na vida
Não pensou duas vezes
Aceitou ser a preferida
Em mãe de Deus se tornou
A filha querida.

VIII

José, o marido de Maria
Não pode ser esquecido
Para proteger o salvador
Por Deus foi escolhido,
É um homem de valor
Sempre cumpre o prometido.

IX
Maria foi visitar
Na cidade de Judá
Sua prima Isabel
Que de longe lhe saudou:
“De onde me vem à honra
De vim a mim a mãe do meu Senhor?”

X
Toda história que se preza
Tem também o seu vilão
O cabra da peste era o tal de Herodes
Um rei sem coração
Que para não ter concorrência
Matou mais de um milhão.

XI
Suas vítimas inocentes
Sem piedade foram imoladas,
Mas foi José o pai prudente
Que salvou Jesus dessa cilada
Avisado por anjo
Pôs-se logo na estrada.

XII
Antes desse ocorrido
Houve o tal de recenseamento
E lá se foi José para Belém
Com Maria num jumento
Em Belém é que vai nascer
O tão esperado rebento.

XIII
Em Belém o pobre José
Não encontrou hospedaria
E agora o que faria
Para abrigar Maria
E o menino que nasceria,
“Meu Deus que agonia!”

XIV
Javé, O pai celestial
Que sempre nos livra do tormento
Deixaria seu filho mais amado
Nascer largado ao relento?
Tratou de providenciar
Um lugar bom para o nascimento.

XV
Deus no coração do homem
É o amor e a caridade
Logo apareceu
Alguém cheio de bondade,
Que levou a Sagrada Família
Para a Gruta da Natividade.

XVI
Em uma manjedoura
Dormiu o Deus encarnado
Não foi de ouro nem prata
Seu berço enfeitado,
Nasceu pobre como nós
O filho de Maria sem pecado.

XVII
Apareceu no céu
Uma estrela brilhante
Que apontou o local
Para os reis magos viajantes
Ao verem o menino Jesus Cristinho
Ajoelharam-se diante.

XVIII
Teve também os pastores
As ovelhas e as vaquinhas,
Formou-se um lindo presépio
Que Deus admirava de cima,
E os anjos como cantores:
“O amor se aproxima!"